Querer

Quero rir, mas tenho rugas que aprofundam meu silêncio.
(Um riso solto, cativante, em desbragado contentamento!).
Cai em mim agora esse manto de tristeza...
Segunda pele que me afaga e preenche os poros.
Por que a membrana do meu querer absorve tantos medos,
Enquanto úmidas e serenas se aproximam as noites?
As luzes distantes insistem em piscar.
Colorido colar de brilhos a separar, pelo rio, a cidade da ilha.
Vastidão a que declaro guerra!
Assim, olhos fechados, sem mais lá fora, viajo em sonhos.
Se a lua diminuída me faz vagar,
O sol ao se expandir lambe a minha face...
Risonho e fecundo anfitrião de quereres.



meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 14/06/2012
Reeditado em 15/07/2012
Código do texto: T3723760
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