Verão, estação das tempestades que desabam rapidamente. Olho para o Rio Amazonas calmo, plácido, quem o vê neste momento jamais dirá que passou pela turbulência de um vendaval. O ar está limpo e úmido, o céu ainda carregado de nuvens mostra pedacinhos de azul.
Eu aqui da minha janela observo o desenrolar da natureza na compreensão de que enquanto desce a chuva torrencial só se ouve o vento e as gotas escorrendo dos telhados, a pinga-pinga causando letargia e sonolência, como se fosse uma hipnose. Quando o gotejar termina, fica um breve silencio e devagar vem chegando o piar dos passarinhos, o zumbido das abelhas, e se for perspicaz dá até mesmo para ouvir o voaçar das borboletas antes que o coachá de algum sapinho se faça superior aos sons mais suaves. Quando a gente vive muito proximo da mata é assim, sempre vem um sapinho visitar nosso jardim.
Desde menina gosto de ver o tempo depois da tempestade. Sinto-me em paz, observando detalhes que só dá para perceber quando chega a bonança. O ar fica com uma mistura de cheiros de terra e folhas molhadas. Adoro isso tudo. São meus sentidos caboclos, de quem cresceu cercada pela mata virgem, correndo com pés descalços sentindo o farfalhar das folhas.
Mesmo passado os anos, e muita coisa ter mudado por conta do desenvolvimento, isso ainda me fascina. Gosto de ver a natureza, mostrando para nós, homens, que a superioridade não está na ambição desmedida, no egoísmo que pisa e nem na tecnologia inteligente que acha solução para tudo, quer dizer, quase tudo. Por mais que a ciência crie e recrie inovações para comunicação, guerra, medicina, robótica e tantas outras experiências, os raios, maremotos, terremotos, furacões, e tantas outras manifestações da natureza, continuam seguindo seus percursos e não dão satisfação nenhuma para a humanidade.
Antes de acontecer qualquer acidente natural, todos os animais silenciam e procuram refúgio, eles têm a capacidade de captar quando algo está preste a interferir no seu ambiente natural pondo em risco suas vidas. Menos o homem. Este se preocupou tanto com as ciências, em criar, inovar, “facilitando” sua vida com mil e umas invenções e esqueceu de interagir com a natureza, de observar a nuances do tempo, de acompanhar o ritmo natural que a milhões de anos aquece, esfria, veste, desnuda e reveste a Terra. O homem tem os satélites, os computadores, e seus mapas metereológicos, mas se tudo isso falhar num colapso mundial (porque em pequenos erros, descuidos, já houve grandes catástrofes), só restará à extinção. Do todo? Não, do homem! Porque os outros animais sabem muito bem se cuidar.
Eu aqui da minha janela observo o desenrolar da natureza na compreensão de que enquanto desce a chuva torrencial só se ouve o vento e as gotas escorrendo dos telhados, a pinga-pinga causando letargia e sonolência, como se fosse uma hipnose. Quando o gotejar termina, fica um breve silencio e devagar vem chegando o piar dos passarinhos, o zumbido das abelhas, e se for perspicaz dá até mesmo para ouvir o voaçar das borboletas antes que o coachá de algum sapinho se faça superior aos sons mais suaves. Quando a gente vive muito proximo da mata é assim, sempre vem um sapinho visitar nosso jardim.
Desde menina gosto de ver o tempo depois da tempestade. Sinto-me em paz, observando detalhes que só dá para perceber quando chega a bonança. O ar fica com uma mistura de cheiros de terra e folhas molhadas. Adoro isso tudo. São meus sentidos caboclos, de quem cresceu cercada pela mata virgem, correndo com pés descalços sentindo o farfalhar das folhas.
Mesmo passado os anos, e muita coisa ter mudado por conta do desenvolvimento, isso ainda me fascina. Gosto de ver a natureza, mostrando para nós, homens, que a superioridade não está na ambição desmedida, no egoísmo que pisa e nem na tecnologia inteligente que acha solução para tudo, quer dizer, quase tudo. Por mais que a ciência crie e recrie inovações para comunicação, guerra, medicina, robótica e tantas outras experiências, os raios, maremotos, terremotos, furacões, e tantas outras manifestações da natureza, continuam seguindo seus percursos e não dão satisfação nenhuma para a humanidade.
Antes de acontecer qualquer acidente natural, todos os animais silenciam e procuram refúgio, eles têm a capacidade de captar quando algo está preste a interferir no seu ambiente natural pondo em risco suas vidas. Menos o homem. Este se preocupou tanto com as ciências, em criar, inovar, “facilitando” sua vida com mil e umas invenções e esqueceu de interagir com a natureza, de observar a nuances do tempo, de acompanhar o ritmo natural que a milhões de anos aquece, esfria, veste, desnuda e reveste a Terra. O homem tem os satélites, os computadores, e seus mapas metereológicos, mas se tudo isso falhar num colapso mundial (porque em pequenos erros, descuidos, já houve grandes catástrofes), só restará à extinção. Do todo? Não, do homem! Porque os outros animais sabem muito bem se cuidar.