DESEJO DE UM HOMEM QUE SONHA
Ó, falastrões do reino falido
Sabeis dos corpos que matastes?
Eram de pais e mães e velhos alquebrados;
Eram de crianças que tiraram os sonhos sonhados
Ó, falastrões da súcia membros
Ó, ave rapineira
sobre a colina plúmbea à espreita observas
Não ignoras
que sob suas garras o reino se manterá
Chegado será o dia
que ouvireis gritos e tambores
E do seu ninho
sereis expulsa sob gritos viventes
Ó, povo que brada por justiça
Não sabeis que às escuras
tramam o grande combate?
E que na penumbra da noite,
articulam novas investidas?
Não!
Não retrocedei meu povo,
andemos unidos para o combate inevitável
Não lhes cedamos o rumo e nem o leme
Seremos nós
o remo e a nau da nossa história
Ó, falastrões sedosos do sangue
daquele que nessa vida luta
E sugam-lhe até as entranhas
o néctar vital
Não!
Não retrocedei meu povo,
andemos unidos para o combate inevitável
Não lhes cedamos o rumo e nem o leme
Seremos nós
o remo e a nau da nossa história