UM ANDARILHO

Viajando pelo tempo,

À busca de aventuras,

Encontrou nos quatro cantos

Diferentes criaturas...

Em cada canto que apeava,

E estendia sua mão,

Deparou-se com falsos amores

Que iludiram seu coração...

Viajou assim por muito tempo

Sem entender a razão,

Em cada canto que chegava,

Conhecia a ilusão...

E em busca de carinho,

Amarrou seu coração,

Na alma de um amor bandido

Que lhe apresentou a solidão...

Com os olhos ainda descrentes

De que o amor a ele cabia,

Seguiu viajando por outros cantos

A buscar de um amor...

Mergulhou nas ribeiras,

Escalou as ribanceiras,

Nas planícies,

De norte ao sul...

Catando por onde andava

Um pouco de esperança...

Mas um dia ao passar

Numa dessas esquinas

Encontrou um grande amor

Que lhe deu sentido a vida...

Entregou-se a tal amor

De um Ser apaixonado

Sentindo sua alma de homem enamorado...

E assim anos se foram,

A amar-se a todo instante...

Mas!

Como tudo que é bom,

A vida lhe foi breve,

E levou a sua amante...

Foi embora essa rotina,

De amar aquela menina

Que nos dias mais felizes

Faziam juros de viver o amor eterno...

E assim mais uma vez,

Viajou por esse mundo!

Nunca mais se ouvir falar daquele homem

Que em nome de um grande amor

Pego a estrada,

Meio a falta de rumo...