Uma ave "auto" falante

Uma ave “auto” falante

Esquivando-se da escuridão

Furtiva por entre as frestas

Mascarada de luz artificial

Iluminou a um canto do salão

Ângulo que não cabia festa

Não iluminou o protagonista

Desviou-se de todo artista

Botou holofote na ave falante

Sempre tão pouco elegante

Ora, fez um discurso de amor

Fez juras a um alto falante

Eu sei que vou te amar, inebriante

Plagiava de Tom a Vinícius

Prometeu deixar todos os vícios

À caixa, de onde brotava som

Certamente, o camarim da poesia

Que cobria-se de ritmo e magia

Fazendo o mundo todo girar

E a ave verde, de tons dourados

De coração recém apaixonado

Sabia que a magia para o amor durar

Seria o baile nunca terminar

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 12/06/2012
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