Enxertos dos escritos na Fermentação da Lepra
#a noite fede a cadáveres de antílopes azuis atropelados. Eu já sinto o medo das criancinhas que querem comer cachorro quente estragado. E naquele dia a festa era do velho ermitão que tinha dois falos e fodia gaivotas gigantes. Depois comia seus filhos. E regurgitava tudo. E fabricava rosas de seu dejeto intestinal.
#Caminhamos sobre as pontes de fumaça. E ai então podemos comer as maçãs podres sem ter dores estomacais. Essa era uma das lendas daquele povo já extinto.
#vou tomar a última xícara de café enquanto divago por aqui...amanhã afazeres enfadonhos me obrigam a levantar cedo. Vi que já não se fazem dores mentais como outrora, a ultima dose que comprei usei hoje. Deveríamos reclamar quanto a isto. Ainda bem que as dores intestinais continuam as mesmas. O pão com mortadela me chama para uma troca de afetos bocais. Volto logo, com a asia me acompanhando e contando suas tristes histórias do passado.
#Senhores o reboliço das vacas no campo esta cada vez maior. E os corvos sobrevoam como se sabendo que haverá carniça. Corremos em direção ao poço laranja. Novas ideias brotam de lá. E os cisnes já foram instintos. E o medo esta em nosso encalço. A música só no salvará na hora certa. Levantemos nossas bundas das sagradas cadeiras feitas de pinho. Lavemos a mente com lepra fermentada. Infusão há muito ensinada pelas velhas avós. O dia é aquele que amanhece com um sol amarelo, que não sorri. Apenas diz : _ Olá, eu sou o sol! _ Depois acende um cachimbo e ri de nossa cara. No entardecer contentamo-nos em apreciar as curvas da lua por sua camisola de seda transparente.
#e a noite parece temerosa. Queira escrever tremerosa, mas acho que esta palavra não existe vou escrever sem pontuação licença poética e preguiçosa maldita máquina de escrever tenho que comprar mais tinta para fita e este barulho não me fascina mais como antes as borboletas sempre as borboletas incomodam-me e entram no meu ouvido o chá esta esfriando e não tem mais cachaça culpa dos antigo rinocerontes que eram unicórnio segundo disse uma especialista no assunto e vi que branco mesmo eram os zumbis daquele lugar escuro e depois eu fui dormir para ver se encontrava o velho gordo dono do pequeno bar e acabei sem fazer nada o filem era bom e o cheiro de coca-cola era forte sucumbiram todos depois foi a vez dos porcos.
#As dores abdominais demoníacas retumbavam em seu cérebro. Notas agudas dee um violão sem corda preenchiam seus olhos. Vomitava uma baba espessa e venenosa. Morria sem morrer. O dia se ia ensolarado. Nas risadas das crianças brincando no parque ele sentia um aperto na garganta. Arrancava suas unhas. Depois de tudo isso, sentia-se leve e desistia de voar. Tornava-se parte da sua velha poltrona. O poço de lembranças tórridas esvaziava-se pelo chão lamacento. A felicidade fedia a enxofre. E seu maior orgulho era ser desprezível.
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