Aquele que teme a morte teme a vida e se paralisa perante o mundo, sem conseguir de mover. Por isso libere de si o medo e permita que a existência flua como o som da flauta e reverbere por todos os cantos, o canto que ecoa a partir de sua alma, como a música dos girassóis que com o seu encanto a todos encanta e nos faz feliz.
Aquele que permite que o medo lhe guie, vive pelo mundo das sombras e procura pela escuridão da morte, a sorte que a vida lhe negou. E neste caminhar sombrio, revela de dentro de si a tristeza de ser, na certeza de que nada que faça para o seu caminhar pode lhe trazer algo de bom, pois o medo é o seu mestre e guiador.
Assim, jamais deixe que o medo lhe freie, mas permita que ele como o sussurro das estrelas lhe avise, que aqui ou alhures existe um perigo. Faça então deste conhecimento a ciência e que através da coragem possa viver a vida com muito mais propriedade. Portanto, com a consciência do medo, pode existir sem receio e destemor.
Liberto do poder do medo, mas tendo-o sob sua guarda, pode andar por onde for. Saberá entrar e sair, pois ele o vai avisar sempre que o perigo existir, mas jamais o vai sofrear. Caminha pelas ondas da vida, tendo como alma a vontade e o vento como pensamento. No barco tem o seu corpo e como medo o brilho dos astros!