A esperança afundou


Quando vejo as crianças brincando todas felizes,
bem vestidas e bem cuidadas o meu coração
fica quase em paz
Porque sei que ali do outro lado da rua,
existe uma praça,
com crianças de olhos tristes e famintos,
no frio e sem agasalhos pelas noites,
Numa diferença e uma distância gritante.

Mexe os meus brios e o grito que está preso,
insiste em se libertar para que o mundo saiba
que isso não deveria estar mais acontecendo
em meio a tanta evolução do homem.
Evoluções direcionadas para os bem favorecidos
Porque " as águas só  correm para o mar"
Me revolto, te revolta... A esperança estagnou,
para essas vidas que daqui há pouco proliferarão em misérias.

Crianças... Por enquanto,
Mas que vão crescer revoltadas com as humilhações
às quais estão expostas...

Ah a marginalidade.
Nós sabemos a causa melhor que ninguém!
Ah se sabemos.
E todo mundo estira a mão meio que com medo,
e se achando superior,
mas o buraco negro se dirige para a sociedade sem pena e sem dó.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 07/06/2012
Reeditado em 21/11/2016
Código do texto: T3711158
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