DEGRADAÇÃO DO AMOR

Depois do despejo do coração,
passamos por estágios dilacerantes,
tais como corpo sangrando de dor,
momentos de exílio no fundo do poço.
Acordamos sem amanhã, sem salvação.
Desânimo gritando para não se levantar,
com vergonha das confissões enviadas,
aquelas mensagens de SOS em vão.
Felizmente, caso de desamor não virou,
manchete na primeira página do ridiculo.
Resta o nó de marinheiro na garganta,                                                     um pouquinho de orgulho próprio,                                                         com a esperança de não mais me humilhar.

Então vem o cúmulo da degradação:
Ligar de qualquer telefone somente para
ouvir a voz dele, para ter certeza,
que 
ao menos,
um dos dois subsiste.
É a decadência do amor próprio.







 
Railda
Enviado por Railda em 06/06/2012
Reeditado em 10/08/2016
Código do texto: T3709483
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