DOEU,MEU POEMA!
DOEU, MEU POEMA!
Fugitivo poema fio de navalha,
Vens de onde vem,
do vôo das gaivotas.
Por que agora constrói muralhas?
Acatas fragilidades de uma mente,
Tão racional coitada...
Transbordante de idéias alheias
E por isso tão normal...
Por que não ouves o coração?
Assim tão lúcido por natureza
Anormal por exuberante beleza
E vivo de paixão?
É verdade que o encanto das primeiras estrofes
Ninguém vai me roubar, já vivi e guardei
No depósito onde aprendi a amar
Mas poema por favor!
Não mate as suas letras,
Insisto...
Mantenha-me apaixonada
Use tintas do coração.
O mundo está saturado
De ler e ter tanta razão.