DOEU,MEU POEMA!

DOEU, MEU POEMA!

Fugitivo poema fio de navalha,

Vens de onde vem,

do vôo das gaivotas.

Por que agora constrói muralhas?

Acatas fragilidades de uma mente,

Tão racional coitada...

Transbordante de idéias alheias

E por isso tão normal...

Por que não ouves o coração?

Assim tão lúcido por natureza

Anormal por exuberante beleza

E vivo de paixão?

É verdade que o encanto das primeiras estrofes

Ninguém vai me roubar, já vivi e guardei

No depósito onde aprendi a amar

Mas poema por favor!

Não mate as suas letras,

Insisto...

Mantenha-me apaixonada

Use tintas do coração.

O mundo está saturado

De ler e ter tanta razão.

Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 03/06/2012
Código do texto: T3703898
Classificação de conteúdo: seguro