Refém

Tudo passa, pensamentos voam e vão...
Mas a essência da dor da existência permanece.
Eu não sei se choro por mim  ou se choro porque estou sem saber onde ir na verdade nem choro, é uma dor silenciosa, tão minha!
Nem dá pra dividir, esse ardor no meu peito....

Ficaram os bailes, as luzes...
A pele jovem, rosada e o riso cheio de esperança!
E agora apenas na janela.

Os trens de agora...

Um trem passando tão rápido como os meus pensamentos,
Um trem seguindo para o futuro...
O outro trem regressando ao passado...

Metáforas!

Em minha mente nenhuma confusão, ou todas!!!!!
A definição dentro com a perfeita definição de cada sentimento distinto...
O passado e o futuro!

Foi o espelho refletindo meus traços... Do tempo?
Duas janelas para um só tempo...

E os meus olhos em trens diferentes destinos os olhos seguiam acompanhando o compasso dos meus pensamentos
como se fosse ali o meu fim, como se lá fora nada mais me restasse...

Passando nas janelas da minha  viva memória...
O chão foi ficando distante...

Mesmo quando a velhice chegar um dia,

Mas tudo estará inviolável e eu comigo mesma cochilarei numa cadeira de balanço, fechando os olhos para pensar em meu amor... Alheia então ao mundo ao meu redor...
E agora o chão continua distante, estou a mil...

E...

No avião... Eu sonhei com esse dia de hoje.

Se está tão distante, mais de 30 anos... Se passaram...


Sou  refém.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 03/06/2012
Reeditado em 25/05/2016
Código do texto: T3702686
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