Corpo de mulher.
De cabelos curtos, de cabelos longos.
Macios, lisos, crespos, mas todos deslumbrantes.
Emolduram suas faces.
Faces cheias de falsetas, com lindos olhos.
Olhos pretos, azuis, verdes e de cor de mel.
Olhos misteriosos, reveladores, intrigantes e inspiradores.
Bocas, doces bocas, com seus lábios vis e quentes.
Molhadas com toda tua alma, molhada com todo teu veneno.
O lindo e quente veneno do amor.
Oh doce corpo, de pele macia e lisa como a fina seda.
Doce pele deslizante e delirante, moldada às rugas do tempo.
Brotam teus seios, como uma linda flor.
Seios de alimento e de inexplicável desejo do amor.
Oh doce corpo, que revela-me genitálias da vida e pecado.
Doce genitália, que se revelam ao doce paraíso perdido.
Sugam com seus grandes lábios, como doces vampiros.
Doce corpo ajoelha-me a ti.
Pois deste útero exalas-te meu ser!
Fernando A. Troncoso Rocha