NÃO SE ARREPENDA
Sei que às vezes pensamos
Que não temos ninguém
Além do que nossa vista
Alcançou na ilusão do além
A ilusão somos nós
Somos o pó vivo
Entre os redimidos
Dissolvidos entre bocas e ouvidos
Não desanime como almas inquietas
Diante do impermanente estado das coisas
Porque a maioria inexiste
O livro lido é adjacente na prateleira da mente
Demente deveras será se te fixares
Se te crucificares na semente que não alimenta
Esta semente como o girassol permanece
Imóvel aparentemente morta inerte jaz ignora
Mais se jogada em solo ressuscitará do jazigo de outrora
Trazes algo contigo que precisa ser transformado
Se não serás consumido pelo que não ofereces...
Se não for a preces vivas adormeces e esqueces
Precisas ser como a águia cavalgando a ventania
E não se deixar que a ventania te leve como alma vazia
Quando baterem a tua porta o que pode parecer normal
Mas se for o mal não adiante te armares e abri-la a céu aberto
Não pense que tua força é superior a legiões
Peça se possível for pro seu anjo da guarda
Que é o seu olho mágico abri-la pois pode ser
Que do outro lado esteja quem menos você esperava
Conte sempre com a força que tens dentro
E nunca a que está pelo lado de fora que é passageira
Nunca tente tomar a frente do pai sua face é corredeira
Ele sabe o que é melhor mesmo que estejas desnorteado
Ele saberá o que fazer de cor e salteado
Não podemos julgar tampouco condenar
Porque ninguém conhece tanto a si mesmo
Até ser tempo de falar
O destino é como um coringa
Deixa-se embaralhar
Diante das cartas do carteado