Monólogo
A humildade, o orgulho e o silêncio,
Tentando um acordo para suavizar o amor.
Quem venceu?
.¸.•. Com meiguice ela traduziu o hino
que falava de vontades antigas;
.¸.•. Quero ouvir o seu canto,
confundir sua voz com o barulho dos ventos
que estranhamente vem me falar de amor.
Silêncio
.¸.•. Quero que não se contenha de alegria,
que não precise prender a sua voz.
.¸.•. Porque você tem o dom da palavra.
Escancare, rasgue o peito, nada esconda, nem cale esse amor.
Silêncio
.¸.•. Desacorrente esse menino escondido
que restou dentro de você. Vamos brincar, juntos.
Eu, você nesse lugar tão bonito!
Depois se esconda de mim, eu juro, lhe encontro...
Silêncio
.¸.•. Solte a sua dor, só assim virá a cura.
Somos independentes e únicos.
.¸.•. Não quero me perder por dentro destas grades,
Nem me perder de você, fuja dessa gaiola...
Vamos voar!
.¸.•. Não preciso que me tome em suas asas,
Nem que me diga nada sobre o amor.
Apenas lhe peço; responda...
.¸.•. Fale comigo meu amor.
Mais silêncio foi a resposta nesse monólogo.
Liduina do Nascimento