PÉTALASPOUSADASNODORSODAPALAVRA

Que lindeza a rosa escarlate pousada na página... Cor, perfume, despojamento, fluidez da lágrima deitada sobre o rosto floral – pétalas em unicidade que falam por si, sem complementos. Hosanas! Há muitas virgindades, formas e rabiscos romanescos para consagrar o poema na singeleza do erótico: hígida vulva excitada dobrada sobre o sangue... A rosa derramada e úmida contamina a sugestionalidade muda da Palavra. Plausível transcendência para além da página, para muito além do monitor cego de propostas. O vermelho nem sempre é a cor dos olhos da ausência e das túmidas esperas...

– Do livro O AMAR É FÓSFORO, 2012.

http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/3691796