Salvador Dali

 
Improvável

Ficou ali num esconderijo,
Feito traça, traçou o curso,
Rui e riu para valer a pena...
Mas que pena, se jamais caiu?
Não ouve voo de rochas,
Alguns pedregulhos orgulhosos de si,
Levitaram tão imperceptíveis!
Queria uma bela imagem,
Uma daquelas tantas que apaguei,
Das muitas que enviaram para mim,
Quando finalmente quis, desapareceram.
Tantas rimas para um despropósito,
E todas se perderam quando pedi por uma.
Era impossível uma beleza sensata,
Daquelas tranqueiras enclausuradas...
Onde? Nos mausoléus esquecidos!
Então fiquei com a rosa odiosa
- Questionei-me por tal escolha -
Ah, mas quem gosta mesmo do núcleo?
Gosta nada! Detesta e tem medo , asco e sei lá!
Arrisca um talvez para se safar de rudezas,
Mas tudo é tão lindo, tão esplêndido,
Tudo tão abençoado pelo deus seu de cada dia.
-Coma o pão, não inteiro! Apenas migalhas...
Não vou virar nada ao contrário para desengasgar,
Nem mesmo equacionar sua maldita conta!
Sabe que não é mesmo nada disso, nada assim?
Nem perto do longe chegou...
Está gelado! Freezer!!!
Não compensa o risco de ser mais sem noção,
Não mesmo! Nem para fazer de conta,
Então, deixa-me quieta e simule um sim;
É bem menos arriscado ao arisco espírito.
Fato evidente que não me entendi,
Nem eu! Freezer!!!

Dicotomia é demais, demais de intrigante,
Mesmo sendo uma explicação abusada e absurda!
(Quase sempre - “quase” porque também sei escapar)
Rose Stteffen
Enviado por Rose Stteffen em 26/05/2012
Reeditado em 26/05/2012
Código do texto: T3689829
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