No limite do mundo

Vamos ladeira abaixo pela rua das desilusões

É tempo de nos abrirmos um ao outro, Sioux...

... Puxe meu cabelo e me mostre suas paixões

Vamos cortar essa conversa cheia de senões?

Emoções fúteis foram as únicas coisas que tivemos

Nos últimos tempos só pisamos em pregos enferrujados

Por outro lado, estamos buscando a fórmula de maneira empírica

Nos apoiando exclusivamente na experiência e na observação

Lírica, você me dizia de forma satírica:

"Charlatão que cura minhas doenças sem noções científicas!"

Tremendo na cama, faz-se de vítima e canto-lhe uma canção

De ninar, singela como uma new wave deveria ser:

“Overground from abnormality

overboard for identity

Overground for normality

overboard for identity…”

Vivemos no limite do mundo, da normalidade, no limite um do outro

Pouco a pouco, o vento torna-se tão frio...

... Tão frio como um corpo sem vida, um corpo morto

Você então suspira e vira os olhos mostrando-me o açoite

Sem prometer, percebo quando serei o jantar da noite

Mastigado por calafrios e corroído pela ansiedade

Vagarosamente, sou feito em pedaços e, por ti, digerido

Não há nada que eu possa fazer e serei, outra vez, sucumbido

Calmamente, me olha e anui com a cabeça

Sorri e me diz, confiante...

... Fique tranquilo, não lute

Ou me apaixonarei, novamente, por ti, nesse instante

*Siouxsie Sioux é vocalista da banda “Siouxsie And The Banshees”.

Marciano James
Enviado por Marciano James em 26/05/2012
Código do texto: T3689219
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