No limite do mundo
Vamos ladeira abaixo pela rua das desilusões
É tempo de nos abrirmos um ao outro, Sioux...
... Puxe meu cabelo e me mostre suas paixões
Vamos cortar essa conversa cheia de senões?
Emoções fúteis foram as únicas coisas que tivemos
Nos últimos tempos só pisamos em pregos enferrujados
Por outro lado, estamos buscando a fórmula de maneira empírica
Nos apoiando exclusivamente na experiência e na observação
Lírica, você me dizia de forma satírica:
"Charlatão que cura minhas doenças sem noções científicas!"
Tremendo na cama, faz-se de vítima e canto-lhe uma canção
De ninar, singela como uma new wave deveria ser:
“Overground from abnormality
overboard for identity
Overground for normality
overboard for identity…”
Vivemos no limite do mundo, da normalidade, no limite um do outro
Pouco a pouco, o vento torna-se tão frio...
... Tão frio como um corpo sem vida, um corpo morto
Você então suspira e vira os olhos mostrando-me o açoite
Sem prometer, percebo quando serei o jantar da noite
Mastigado por calafrios e corroído pela ansiedade
Vagarosamente, sou feito em pedaços e, por ti, digerido
Não há nada que eu possa fazer e serei, outra vez, sucumbido
Calmamente, me olha e anui com a cabeça
Sorri e me diz, confiante...
... Fique tranquilo, não lute
Ou me apaixonarei, novamente, por ti, nesse instante
*Siouxsie Sioux é vocalista da banda “Siouxsie And The Banshees”.