horas a fio

Passo horas do dia a lembrar-me estranhamente do passado,
Da fisionomia de pessoas que nem sei mais se existem, mas que persistem existir na minha memória;
De situações de sensações e percepções, de cheiros,
Receios, situações bucólicas, tensas, tristes, alegres,
De um tempo que não volta mais e um futuro ainda incerto;
O passado não tem cura, é irreversível;
Sei bem que perdi a minha chance, sei que não sou mais o mesmo de vinte anos atrás;
O passado me toma e nunca alcanço o presente, ele sempre está por vir,
Um vir a ser contínuo que nunca é definitivo, a abrir frestas a um futuro incerto e ainda imprevisível;
mas aberto em possibilidades;
Labareda
Enviado por Labareda em 26/05/2012
Reeditado em 12/06/2014
Código do texto: T3688573
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