Quando era pequena...
Quando era pequena, tudo a minha volta parecia tão grande, a começar pelo quintal de casa, a cerca demarcava o universo a ser explorado, as flores enfeitavam o dia com o colorido especial, as hortaliças eram visitadas costumeiramente, como se estivesse fazendo compras num grande supermercado, assim definia o cardápio das bonecas... se uma sopinha de agrião, salada de couve ou quem sabe alface ou almeirão picadinhos.
Passei horas sonhando à sombra do pé de jasmim, certa vez fiz uma piscina para as bonecas e tive o cuidado de forrar com plástico para não mergulhar as beldades num rio de lama, também tive o cuidado de não aprofundar a escavação, pois acreditava ser possível alguns chinesinhos escaparem pela abertura.
Imaginação não faltava para quem tinha à disposição, todas as manhãs, um quintal de terra batida e todo tempo do mundo pela frente. Hoje lembro com saudade das mexericas tiradas no pé, da laranja lima que papai dizia ser a melhor e do pé de limão que mamãe dizia ser mais velho que eu. E foi numa tarde chuvosa que fiquei na janela observando se iria resistir à força das águas, até que depois do trovão e sem as raízes já desgastadas pelo tempo, o estrondo maior se deu, era o limoeiro se despedindo e deixando a vista livre para a menina perceber que o universo era ainda maior que o seu quintal.
********
...Fazendo limonada dos limões que a vida oferece!
Quando era pequena, tudo a minha volta parecia tão grande, a começar pelo quintal de casa, a cerca demarcava o universo a ser explorado, as flores enfeitavam o dia com o colorido especial, as hortaliças eram visitadas costumeiramente, como se estivesse fazendo compras num grande supermercado, assim definia o cardápio das bonecas... se uma sopinha de agrião, salada de couve ou quem sabe alface ou almeirão picadinhos.
Passei horas sonhando à sombra do pé de jasmim, certa vez fiz uma piscina para as bonecas e tive o cuidado de forrar com plástico para não mergulhar as beldades num rio de lama, também tive o cuidado de não aprofundar a escavação, pois acreditava ser possível alguns chinesinhos escaparem pela abertura.
Imaginação não faltava para quem tinha à disposição, todas as manhãs, um quintal de terra batida e todo tempo do mundo pela frente. Hoje lembro com saudade das mexericas tiradas no pé, da laranja lima que papai dizia ser a melhor e do pé de limão que mamãe dizia ser mais velho que eu. E foi numa tarde chuvosa que fiquei na janela observando se iria resistir à força das águas, até que depois do trovão e sem as raízes já desgastadas pelo tempo, o estrondo maior se deu, era o limoeiro se despedindo e deixando a vista livre para a menina perceber que o universo era ainda maior que o seu quintal.
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...Fazendo limonada dos limões que a vida oferece!