Difíceis vidas fáceis
Jorge Luiz da Silva Alves


     Despachadas todas as urgências, eliminadas quaisquer aporrinhações, o que resta? Ditadozinho sem vergonha, o que versa sobre ter cuidado quando todos os seus sonhos se realizam, pois, após o arco-íris e a conquista do pote, o que vem a seguir? Sina sagitariana, essa de focar novos alvos uma vez atingidos tantos outros, não sabe se deita na cama da fama feita ou, feito praga de gafanhoto, segue, voraz e insaciável, atrás de novas plantações para ceifar-lhe a seiva e largar hastes ressequidas e retorcidas no estéril campo dos esquecimentos, não dando a mínima para o que fôra antes um cheiroso e farto pomar do aprendizado, sábias maçãs para calculados repastos. Despachadas todas as necessidades, eliminados construtivos obstáculos, o que mais seria “vital” para tão efêmera sumidade?   

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Jorge Luiz da Silva Alves
Enviado por Jorge Luiz da Silva Alves em 25/05/2012
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