Novelo sem fim
Vozes, murmuros, freios, buzinas, roncar de motores. Tudo se mistura ao silêncio da noite que cai. Nada é estático, nada se faz para sempre, o movimento é constante, baila ao som e ao ritmo do corpo. Não há porque parar se tudo está a se movimentar. Pode sim, vibrar junto deixando tudo rodar ao redor.
Velhos, moços e crianças, há um elo que nunca se rompe, que sempre se renova. Não existe porque temer, não há o fim. Não há a derrota, tudo é aprendizado. Doenças, risos, trabalho, música, educação, humanidade. A linha da vida não se rompe nunca, é um novelo sem fim.
O azul, o verde, o amarelo, o vermelho, o preto, o branco, multicolorido é a faceta do cristal, refletindo todos os lados num só.
Minha gente descontente, abra-se para a luz, deixe-a brilhar, deixe-a te iluminar. Redescubra-se, reinvente-se, recomece. Não se diga vencido, não se diga sem opção. Vá, o caminho está aberto, os obstáculos, você mesmo os criou, você mesmo os pode retirar.
Deixe que todo o barulho se torne silêncio em tua alma, reconecte-se com o Divino dentro de você. A aliança com a vida nunca é rompida, não pode ter fim.Estamos aqui para aprender, para ensinar, para crescer.
Deixe os medos, eles te congelam, eles te impedem de seguir. Não há nada a perder, não há nada a temer. Crianças devemos continuar sendo para reter a curiosidade, a fome de absorver, a esperança e confiança inalienável no porvir, a despreocupação com o ontem ou amanhã. Vá, deixe-se levar, o rio não pára e quando chega ao mar, se evapora e cai novamente à terra. Esta é a lei, renovação e multiplicação.
Memórias há que te ensinam a começar deste ponto onde o caminho pára, se divide. Seus pés precisam do movimento para não se fixarem e desaprenderem a andar. Como a árvore que sempre busca o alto, puxando da terra sua força, sua energia, seu alimento.
Recorda sua missão, sua fonte criadora, não está só, não está perdido, mas busca o reencontro, o fazer que te tira da inércia desconexa.