A melodia das almas
Os cisnes despertaram
Abrindo suas asas solenemente
Enfileirados, a cabeça baixaram
Deixando o brilho do lago refletir sua imagem.
Ao lado, a brisa sussurrava,
Bailando juntamente com as flores cor lilás.
E no céu, a lua cheia cintilava
Excluindo, o brilho de muitas estrelas.
O silêncio difundia algo além
Algo, de que notícia não se tem,
Que não foi notado, nem ao menos presenciado
Mas, que naquele instante ali se fez.
Era a natureza que bailava
Suavemente, a cada toque um passo dava
E a dança, tão lindamente se apreciava.
Mas, por que é que dançavam?
Mais a frente, a resposta ali estava
Um casal, sentado em baixo de uma árvore.
Apenas os olhos se tocavam, mas deles, uma doce melodia exalava.
Em lugar algum, nem em nenhum tempo teve-se registro
De alguma ópera, que mais perfeita fosse
Nem de um balé, que mais encantadamente se dançasse.
Os animais que ali estavam
E os mágicos seres da natureza se juntavam,
Sentados um ao lado do outro,
Fadas, duendes, esquilos e pássaros ficavam
Em um sagrado silêncio
Apenas para ouvir, a melodia jamais antes escutada!
Enquanto o apaixonado casal se olhava
Suas almas se encontravam
E ao se fundirem
É que celestial melodia se formava.
Todas as noites ali ficavam
E os mágicos seres a eles abençoavam
Com o intuito de dar-lhes paga
Pela música tão bem apreciada.
Os anos se foram com eles,
Mas encantado o lugar ficou.
E os seres, que a doce melodia cultuavam
Correm hoje em busca de corações
Que tenham tal maestria e afinação
Para que juntos, possam fazer uma nova e encantada canção!