Sem limites

Minhas asas estavam inquietas.

Precisavam do vento, do espaço celeste e de serafins para poderem se abrir.

De repente, os véus que encobriam meus olhos se foram.

Passei a admirar as paisagens, deitei na relva úmida e sorri novamente.

E exigi:

Ah! Eu quero sons de harpas e a pele arrepiando

Aromas de flores silvestres e beijos escandalosos

Quero a paixão rondando meus sonhos

E vestes encobrindo o meu despudor.

Vou chegar ao infinito sem névoas nos sentimentos.

E irradiar alegria, tanta alegria, que o mundo se expandirá.

E minhas asas, simbolicamente, aclamarão meu destino.