O mal do pôr do Sol em um mundo tão pequeno.
Quando alguém diz que está em perigo, o grande astro se esconde na pobre lua. Ele se esconde da maioria que ele mesmo ilumina, mas se esconde atrás de sua primeira serva, nossa Dona Lua. Quando o sol se põe, tanto podemos sentir que um dia foi vencido, quanto podemos que mais um dia vem pela frente, ou melhor, que dias mais longos que o habitual serão os do amanhã. Um Príncipe de um planetinha uma vez disse que já havia visto o sol se por por 42 vezes, em menos do que representa o nosso mundo. Será a tristeza só passa com o fim do Sol, do Dia, dos anos? Imagine alguém então querer dormir e acordar 42 anos depois, se é que vai acordar. Imagine também que mesmo após esses 42 nada tenha mudado, logo, permanecendo tão triste quanto antes. É o castigo de Prometeu! E ainda nos queiram dizer que "Amanhã é outro dia? Não é!"
A morte não chega quando esperamos por ela, prefere nos pegar desprevenidos. Ilusão a de que ainda salvaram a Esperança na Caixa de Pandora. Não há mais nada lá. Só existe uma crença e esperança de que haja esse algo naquela caixa. Não dá! A esperança desapareceu. Mundo de mortos iludidos! Estamos todos mortos e nos esquecemos disso. Preferimos deturpar isso e acreditar que apenas estaremos mortos um dia qualquer, quando o Sol vai se apagar. A notícia é essa: O Sol vai acabar conosco! Mas não estaremos vivos para ver o Sol morrer.
Onde estão todos aqueles bancos e filas para contemplar uma paisagem ensolarada? Ninguém quer mais saber disso. Pouco importa se o fim em breve, ou muito Breve (Termo musical), chegará, se nem o instante único nos é perceptível e muito menos o primeiro instante!
Como uma criança encara a morte? Ela é um bem ou um mal? Nunca vi uma criança de luto! Alguém já viu? Já vimos viúvas assim, mas é porque elas são a Lua lamentando pelo fim do seu sol, vive nas trevas.
Mudando de assunto, o Sol não está lá fora agora, só existe na nossa memória, tal como as memórias científicas e intimistas. Matamos o Sol, quando inventamos a energia elétrica. Ninguém precisa mais dele. Por isso é que não se valoriza mais as lideranças de velhas e pequenas instituições (Matriarcais, Patriarcais, ou ligadas ao Estado). Ser líder deveria ser carregar o Sol nas costas para que as mariposas preguiçosas possar ser guiadas, muitas até já morreram queimadas, porque o líder não sabe o rosto de quem morre por sua Causa. Pra ele, pouco importa quem se queimou com o poder que do Sol. O próprio líder não olha para Ele.
Da mesma forma, o iluminismo acabou com a luz natural.