PARTINDO DO NADA
O nada,
Talvez seja o ócio da mente
Que me atrela a falha da memória...
Risco e rabisco vário escritos
E nenhum deles deixa dito
O que realmente reflito...
Sinto no vazio a ausência do nada
Que me rouba as palavras
Retratando na folha branca
A mudez da fala...
Visto-me de escritos
Com os fios das palavras
Mas é no vazio da escrita
Que teço meus versos
Diante da presença do nada...
E assim deslizo no papel
As várias palavras,
Mas logo as apago...
É como se hoje,
Ao escrever
Estivesse meu lado escritor
Lançando as idéia no papel,
Partido do nada.
Albertina Chraim