CONTRA O TEMPO
Luto contra o tempo, eu servo, ele senhor,
dizendo-lhe sempre que não é sua a última
palavra... Esta pode ser nossa!
Brigo tenazmente contra o esquecimento no
intuito de me manter vivo em ti e tu em mim
e assim conservar vivas todas as lembranças...
A esperança!
Busco o encurtamento da distância na ânsia de
que poderei encontra-me com os que amo todos
os dias, o dia todo, na certeza da simetria desse
encontro... Então, em viço tu aí estás, sempre
rindo, sorrindo, solícita e a esperar.
Que o esquecimento não seja o marco, mas a
lembrança ou a relembrança, uma alvíssara,
a Esperança. Ah! Essa sim! O nosso novo
caminho, outra forma de amar, festejar e se
alegrar.
E não ouse uma vez mais a distância nos separar,
pois somos feitos de flor e canto, desencantos,
desencontros, reencontros, mais encantos,
sorrisos cativantes e a cativar.