Falo àqueles que conhecem o fundo do poço.
Nós sabemos a dor do longo processo de declínio.
Aquelas portas fechadas, sorrisos ignorados, o tal remédio para a alma que não sara... O afastamento da família, das pessoas, dos amigos... Em
Para dizer a verdade, até que lá no limbo de nós mesmos, até que é tudo sossegado. Luz do quarto apagada, sons trancados do lado de fora, silêncio trançado na agulha de trico virando imenso cobertor.
Os bens materias tornam-se insignificantes, supomos que estamos com o dever não cumprido, com relações não discutidas na pilha de coisas da escrivaninha, esperando em vão. Somos a negação da perfeição. Falhamos na profissão de esposa, de mãe de amiga. Estamos a tanto no fundo do poço, que já somos confundidas com suas próprias paredes.

ELE entrou em minha casa e em silêncio foi quebrando todas as paredes,


Deus habitou meu lar e minha vida...
Railda
Enviado por Railda em 19/05/2012
Reeditado em 01/09/2016
Código do texto: T3675930
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