Flechada em seu peito

Era tarde, então resolvi não fazer barulho,

Entrar como gato, sorrateiramente...

Mas a agonia dos fatos me deixava ansiosa,

Acabo esbarrando em tudo,

Faço barulho...

Sinto medo de ser notada,

Pois não fazia parte daquele ambiente...

Fico estática por um momento,

Sinto que ninguém me ouviu,

Continuo me esgueirando até chegar bem perto,

Bem perto...

Falta apenas mais um pouquinho,

E já posso ver,

E então abruptamente corro ao seu encontro,

E perfuro o seu peito com minha flecha,

Que foi mergulhada num tal veneninho chamado amor...

Olho nos seu olhos,

Um misto de medo e êxtase...

E você sorri,

Desfalecendo em meus braços.

Alma das Rosas
Enviado por Alma das Rosas em 18/05/2012
Reeditado em 07/03/2013
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