Sonhos coloridos

       Não quero mais sonhar que ainda terei o que sempre sonhei, pois a cada dia que passa, mas este sonho se afasta e eu me perco neste caminho solitário...
    Engraçado isso não é?Como posso me sentir solitária se tenho a poesia como companhia?
     Alguns anos atrás eu afirmava com toda convicção que ela era meu alimento e, portanto só ela me bastaria, mas hoje eu percebo que só ela não é o suficiente para que eu me sinta feliz...
    Quantas vezes eu tenho que buscar forças no meu profundo através da fé para não desmoronar?Às vezes há uma angustia me rodeando a alma como se fossem urubus a espera do final de sua vítima para poder saborear a vitória, e isso me deixa furiosa ao ponto de enfrentá-las mesmo sabendo que elas podem me vencer...
   Esta semana tem sido um destes momentos cheios de tristezas, onde a dor e a melancolia ferem-me a alma tirando-me a paz e o prazer até de alimentar...
     E eu não sei até quando ainda irei suportar tantas afrontas, ventanias, solavancos, tempestades e furacões querendo me tragar... Não sei... Não sei!Afinal de conta onde foram parar aqueles sonhos coloridos que eu tanto amava? Porque eu os perdi quando deles eu mais precisava?Ou será que vivi apenas ilusões e fantasias numa obstinada cegueira durante toda minha vida e só percebi-a agora já quase ao fim da linha?

Rosa D Saron
16/07/2011


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Sonhos coloridos?

I

Se te sonha, o sonho teu em semelhança
O sonho em que sonhaste o teu amargor;
Transforma este sonho, ó Criador,
Nos sonhos magistrais da esperança!

Sonhas, ó Rosa, sonhos de insegurança?
Sonhas-te em ti um sonho traidor,
Ou no íntimo coração, teu sabedor,
Sonhas-te o teu saber em segurança?

Tal qual solidão, mata a tua prece,
Ou, avilta o viver em que arrefece,
Afirma ser-te assim tão infeliz?

Pois, assegura-te em tua fé.
Ponha-te a nadar contra a maré
E seja em tua prece assim feliz!

II

Poesia, ó poesia! Ronda-te abutres de rapina!
Esconda, ó Saron, os cristais de tua vitória.
Pois foi nos dado o poder na trajetória
Para vencer as sombras da colina!

Todo dia este réu, esta espiritual rotina,
Fere em real a nossa alma, mas escapatória
Temos, pois o sabemos que toda história
De treva ou de paz nos alimenta; mas não domina.

Pois veja a árvores, torcendo-se aos ventos;
Pois veja as aves, rendendo-se aos eventos
Que o próprio trago afronta os furacões!

Volta-te as veredas do Senhor. Te abstém
Da cegueira, e ao Espírito voluntário que sustém,
Ó Rosa, pede auxílio ao Deus dos corações...

John Lennon da Silva

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Com carinho e ternura,agradeço essa interação tão linda do amigo poeta, John Lennon da Silva,que me encantou com verss tão lindos e que veio dar uma esperança a minha humilde prosa.Obrigada John,amei D+++!

Vale apena ler o John!

http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=109386

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Com música
Sarauny (Rosa D Saron)
Enviado por Sarauny (Rosa D Saron) em 16/05/2012
Reeditado em 17/05/2012
Código do texto: T3671689
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