Ponto de exclamação

Por vezes, amei demais. Por vezes, inundei terras, talvez produtivas, sufocando-as com minhas águas. Sou príncipe das taças e de suas águas rebeldes, rodopiantes, tsunami de emoções.

Já matei a razão e em seu lugar, deixei só o amor à filosofia. Já matei meus sentimentos, mas amor é fênix, que sempre renasce em todas as eras e assim, ele permaneceu, mesmo quando todos os outros se foram. Já matei a mim, mas permaneço, abstração do eu que pensei ser.

Chega de matar e de morrer aos poucos! Morte e renascimento são só meu drama em brincar de criar e assim, recriar a mim... Recrio-me em ti, então, infinito círculo, do qual sou ponto e exclamação! Apenas um ponto de exclamação...

Baco Diphues
Enviado por Baco Diphues em 16/05/2012
Código do texto: T3670187