Amor imortal...
 
Oh ! pobre vate cujo coração apaixonado
pretenso trovador num querer memorial
apossado  d'um alaúde curvado, dourado
à janela da amada trovando a moda provençal
no esvoaçar do véu,surge-lhe a perfeita esfinge
distingue-lhe o vulto a essa hora do sol posto
e um intenso rubor escarlate lhe tinge o rosto.

Um lirísmo, lhe sai d'alma é a mais doce cantiga
no olhar a paixão pela jovem e gentil donzela
seu alforge pesado de sonhos e quimeras
de um amor nascido em seu peito só por ela.
oferecendo-lhe a flor mais linda da primavera.
Canta o  efebo com ardor em baixo de sua janela...

A moça casta ,ouvindo os notas da linda canção
sente-lhe fulgir a cor, tremula a carne virginal
e no bater descompassado do jovem coração
sente a seta da paixão,tal fosse pecado divinal.
atravessar-lhe o peito,inspira,suspira , emoção;
Canta um anjo, tocando a harpa celestial.
Eis que surge um amor puro ,verdadeiro e imortal...







 
Vera Feliz
Enviado por Vera Feliz em 14/05/2012
Reeditado em 14/05/2012
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