Do outro lado
O ar que falta faz mais que falta
E é alta a procura pela cura
Água pura, que loucura! É só fumaça,
Mas disfarça e se embaraça ao ver
Que foi visto, lixo fora do lixo
O que é isso? É o homem-animal
E dá enchente, minha gente! Todos param
Solidariedade!
Me desculpem os humanos, mas
Que, mesmo que por de trás dos panos,
A natureza, e sua frieza, machucada
Continue a atacar e revidar
e acabar e matar e destruir e
reconstituir por si um mundo calmo.
Sem gente.
Tem gente que mente, indiferente,
Discretamente liga o carro,
Paga caro, solta fumaça, é uma desgraça
Porque depois reclama, diz que ama,
Que é bonzinho, faz tudo certinho
E ainda culpa sempre o vizinho.
Quer saber, minha gente?
Entenda o choro como enchente,
a raiva como super-aquecimento
A natureza também vive, revive, revida
E por vocês(nós), eu só lamento!