És
E que diria eu quando as águas desabassem
Misturaria ainda as letras
As tretas
E as demandas
Faria chover fora de hora
E traria calores de verão em pleno inverno?
Que faria eu quando as chamas da paixão
Queimassem seu corpo insone?
Nada faria talvez
Ou tudo faria, quem sabe
Seria eu o homem que faria o risco ser corrido
O perigo ser acionado
E a doce morte tombar o corpo
De gozo e alegria
De flores e primaveras
De sonhos e quimeras
E faria, mais que tudo, voltar o tempo
Antes que ele findasse a juventude
E deixasse marcas visíveis e sem cura
Talvez eu fizesse
Talvez eu fosse
Se tudo o que sempre quis
Fosse apenas quem és.