És

E que diria eu quando as águas desabassem

Misturaria ainda as letras

As tretas

E as demandas

Faria chover fora de hora

E traria calores de verão em pleno inverno?

Que faria eu quando as chamas da paixão

Queimassem seu corpo insone?

Nada faria talvez

Ou tudo faria, quem sabe

Seria eu o homem que faria o risco ser corrido

O perigo ser acionado

E a doce morte tombar o corpo

De gozo e alegria

De flores e primaveras

De sonhos e quimeras

E faria, mais que tudo, voltar o tempo

Antes que ele findasse a juventude

E deixasse marcas visíveis e sem cura

Talvez eu fizesse

Talvez eu fosse

Se tudo o que sempre quis

Fosse apenas quem és.

O Santo
Enviado por O Santo em 11/05/2012
Código do texto: T3662527
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