Eu?!
Eu? Ah, quando pequena, era birrenta,
menina barulhenta
e cheia de caprichos.
Criada por mimos de todos os lados,
com um jeito nada educado
de dizer "olá".
Tinha arrogância,
Queria vida de gente grande ainda criança
e não aproveitei a infância que antes tivera.
Mas pulei muros,
apertei campainhas,
matei formiguinhas
sem sentir culpa ou pena,
e depois me via no dilema
de ressuscitá-las ou não.
Também colhia grãos
no quintal da frente extenso
onde não se via um fim,
mas colhia todos mesmo assim
não sendo para sustento,
só por tirá-los dalí.
Cresci.
E o capricho se foi e não voltou,
a arrogância não criou mais sementes
e o dono do quintal imenso da frente
depois, se mudou.