O mar te engoliu.
Eu nadei contra a maré que é teu amor, mas não consegui, teu laço me puxava pra dentro. Não resisti, e acabei me banhando de você. Mas claro como todo mar, uma hora a ressaca vem a tona, e quando a maré “vomita”, sobra pouco do que esta em sua frente.
E ao acordar…
A: Oi, tu se lembra?
B: Do que? São tantas coisas que já nem sei mais.
A: Quando tu bebeste e eu tentei impedir.
B: Eu estava contigo?
A: Sim, não vê as cicatrizes?
B: Machuquei-te assim?
A: Não me responda com essa expressão de descrente.
B: Tu ainda me amas?
A: Como posso amar? To cansado de nadar e sentir dor.
B: Mas vem comigo, por favor, agora sou terra.
A: Nesse tempo que tu levaste pra evoluir, eu criei asas.