O Ser Abstrato.

Abstrato ser.

Poemas me enfastiam

Os versos me tiram a paz

As noites são como os dias

Os dias todos iguais.

Se paro a pensar no tempo

Só o vento a alma esfria

só me compraz o lamento

redentor da fantasia

Nos atuais desalentos

Custa-me viver de fato

O corpo murcha qual folha

Sou bolha, sou abstrato.

Espírito sagaz perdido

Espicha-se para alcançar

A luz que brilhou no espaço

Os braços curtos não dar.

Evan do Carmo Brasília 31/01/2007

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 01/02/2007
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