confusão

Quando o vento que vem, furacão que chega,

duma rajada do riso, nos olhos alegria alguma,

e ainda cantando a serenata, nas cordas da guitarra,

som de cravo antigo que toca, clássico dizer das ondas,

propagadas rumo a atencioso ouvido rebuscado,

requinte da majestade, adornos que festejam a vinda.

Ali o diamante que brilha, chegando na aurora,

sorriso e pérola, expondo o entristecer da madrugada,

o branco forte da luz, brilho que não se traduz,

falando de sentimento do sol, das nuvens e do azul.

Amor que clama em silêncio, mudando o contentamento.

Exaspera em profusão do escuro entardecer da noite.

Amor que volta com as marés repletas de espumas,

oceano extenso em marítimos percursos das velas.

Amor sorridente para as estrelas chamuscantes,

luzes eternas de glória e mistérios distantes.

Amor em soneto da valsa mais doce,

o suave dançar sob a melodia vespertina.

Amor que desvanece ao cantar do pássaro na gaiola,

acenando ao trem que viaja partindo pelos trilhos.

Amor, de um olhar de luneta mirando horizontes,

visão que atinge a longitude do exótico.

Amor, amor, amor, que coisa!

É como uma droga que faz a pessoa delirar,

sonhando com lindas coisas em devaneios benquistos,

prendendo num anelo de duas almas sedentas.

A solidão que é a fome dos que ficam,

esperando como poeta e murmurando: amor!

Wanderson Benedito Ribeiro
Enviado por Wanderson Benedito Ribeiro em 05/05/2012
Reeditado em 11/05/2012
Código do texto: T3651707
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