UTI DO AMOR
Eu envelheci mais durante essa UTI do amor do que nos anos que posso contar nos dedos desde que nasci. Sai da situação de malas vazias, pois os sonhos fui deixando no caminho.
Tudo em vão, tempo desperdiçado com uma parede de concreto sem pano de fundo, sem papel de parede florido para disfarçar.
Eu envelheci a cada suspiro de quando não vinha, eu na verdade já sabia que não tinha feito nenhuma difença meu aparecimento em sua vida, aliás tão detalhada sem tempo para nada.
Não envelheci tricotando, tão pouco cuidando de nossos filhos, o sorriso foi o primeiro a desistir dessa peça sem prólogo. O segundo foi a imaginação que se fartou esgotando o alfabeto de adjetivos argumentativos. A última a debandar foi a alegria...
Já não reconheço a mulher no espelho... Vazia.
Eu envelheci nas noites mal dormidas, esperando um prenúncio de sua vinda pois misturei a ficção com a realidade não vivida.
No momento, o que me falta, são as chinelas e a cadeira de balanço que a vovó tinha...
Eu envelheci mais durante essa UTI do amor do que nos anos que posso contar nos dedos desde que nasci. Sai da situação de malas vazias, pois os sonhos fui deixando no caminho.
Tudo em vão, tempo desperdiçado com uma parede de concreto sem pano de fundo, sem papel de parede florido para disfarçar.
Eu envelheci a cada suspiro de quando não vinha, eu na verdade já sabia que não tinha feito nenhuma difença meu aparecimento em sua vida, aliás tão detalhada sem tempo para nada.
Não envelheci tricotando, tão pouco cuidando de nossos filhos, o sorriso foi o primeiro a desistir dessa peça sem prólogo. O segundo foi a imaginação que se fartou esgotando o alfabeto de adjetivos argumentativos. A última a debandar foi a alegria...
Já não reconheço a mulher no espelho... Vazia.
Eu envelheci nas noites mal dormidas, esperando um prenúncio de sua vinda pois misturei a ficção com a realidade não vivida.
No momento, o que me falta, são as chinelas e a cadeira de balanço que a vovó tinha...