ÚLTIMO FRAGMENTO
Escancarada à frente, coerente
Com a quantidade de reparos
Que se somaram ao que era virgem,
Tenho-a à mostra. Repara-la assim,
Com essa impressão suja do retrato,
Faz flutuar seu espírito, ao perceber
O impacto da sua alma endossada ao portador.
O senso de posse do que é a síntese de tudo,
Perdeu-se por perder-se o fundamento.
O abalo que se reflete no restante do seu ser
Manifesta-se como o engano de se entender
A impropriedade dessa infeliz assinatura.
Perdeu-se o domínio,
E a cada ameaça de posse,
Um leve flutuar se apresenta, antecipando
A hora em que ela será para sempre perdida.
E como vou lhe dizer o que virá em seguida?