Poesia póstuma
Poesia póstuma
“Morreu o poeta num dia de horror; nas ruas desertas nenhum porco passou. Era dia de santo, nenhum pranto rolou, a despeito do manto que seu corpo enrolou. Em seu leito de morte onde a sorte faltou, como morre um cachorro que seu dono matou, por descuido da vida, morreu o poeta, pela angústia da febre, pela fúria da dor, por ter sido mordido pela raiva do amor”.