Há poemas que nascem como estouro da boiada, vem assim em multidão, atropelos, o coração do poeta disparado e aquele momento intenso em que as peças encaixadas fazem o maior sentido poético.
              Mas há outros, em que as palavras intuídas estacam diante da indecisão e despencam ladeira abaixo.
              Nenhum problema, pois aprendemos com o tempo, que palavras aparentemente perdidas retornam em construções ainda melhores por um mecanismo ou mágica da qual tão pouco sabemos, mas que habita a nossa subjetividade. 
              Poesia é assim este constante reflorescimento das mesmas fontes que captam o mundo exterior, misturam tudo e nos devolvem a vida sob prismas inesperados e belos! 

 

tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 01/05/2012
Reeditado em 01/05/2012
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