Impulsos
Impulsos irresistíveis,
Por vezes se tornam controladores de mim;
Sem mais nem menos, me envolvem em quimeras,
Ofuscam-me a razão, contraio as pupilas;
Contraídas, meu coração acolhe tudo,
Quase sempre enganado e enganando-me.
Acalento o que não tenho ou perdi,
Deslembro-me “ingenuamente” dos tesouros conquistados;
Vejo-me absorto num horizonte improvável, encharcado de interinidade,
Vislumbrado pelo devir e atraído pelo que nem sei;
Impulsionado, chafurdo a minha memória,
Sabotando aquilo que me pode trazer esperança.
Admito ser pesado o alforje que carrego;
Quisera eu outros impulsos para substituí-lo pelo Teu,
Sabidamente mais leve;
Quisera eu outros impulsos que me subtraíssem o controle,
Impelindo-me em entrega-lo inteiramente a Ti;
Quisera eu, pudera eu...
por Magno Ribeiro em 16/2/2012