“SEMEADURA E COLHEITA”
Nadir A. D’Onofrio
Foram tantas as curvas desenhadas na espera, ansiosa, da chegada...
Ou da voz... que poucas vezes ouvi, em detrimento das tentativas, na crença de existir amor e paixão, ainda que petrificados na base e altivez do teu pedestal!
Permaneça, aí, nas alturas, no observatório do teu mundo a contemplar, embevecido, mocidade, beleza, elegância das favoritas em constantes, desfiles. A natureza é imprevisível... amor meu...
Se um dia as fontes secarem, quem sabe possa notar, aqui, abaixo, a insignificante nascente, por ti negligenciada.
Por ora, recolho-me sob a terra, onde, na tristeza que me invade sinto a dor... do teu silencio e desprezo, a queimar minhas entranhas!
”Há tempo de semeadura e colheita, o mesmo sol que nutre a vida, às vezes... calcina a semente”.
Não mais verá, uma só gota vertendo, para manter a vivacidade da planta favorita, ou... a tentativa vã do meu esforço, em querer arrefecer seus pés...
28/04/2012*12:15= Outono, lua em fase crescente.
Serra Negra/ SP
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