Lembrei-me das mãos

Lembrei-me das mãos,

dos atos escondidos

por entre nossos dedos,

da maneira inusitada

de falarmos de amor

percorrendo todo o corpo,

percorrendo, enfim, caminhos.

E as mãos eram trêmulas,

a vida era trêmula...

ocasião escondida,

desejos sufocados,

muito de nós por pouquíssimo do alheio...

Lembrei-me das mãos,

da história que elas vêm contando

a cada palpitar dos anos em calendários

alegremente envelhecidos pelo toque de nós dois.

...e ainda andam dadas, atadas, entremeadas à felicidade

que se constrói a partir de mãos que lutam por se conhecer.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 27/04/2012
Código do texto: T3636554
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