SIMPLES FIGURANTES

Neste planeta, somos meros figurantes,
De inúmeras e variadas peças
Que se apresentam diante da vida.
A cada passo que damos é sempre um a mais
A caminho da eternidade que nem se sabe o rumo.
Para chegarmos lá, onde não se sabe onde,
Faz-se necessário que deixemos de existir,
Que nos plantem a sete palmos de chão,
E lá, como toda semente que germina,
Também nos acontece, até que nos transformemos,
No pó, segundo dizem os ensinamentos,
De onde um dia viemos para cá, por alguma razão,
Que não se sabe, o certo é que aqui neste planeta,
Tem-se a oportunidade de aprender, se assim o desejarmos.
Somos astros de pouco ou quase nenhum brilho,
Segundo os mais entendidos, mas ainda que,
Muitos de nós não sejamos protagonistas,
Ainda assim, às vezes, nos aplaudem e pedem bis!
De certo, não deve ter sido tão insignificante,
Nossa participação n’algumas das inúmeras peças
Pelas quais passamos, nos palcos da existência.
Depois, é só esperar de pé, com absoluta certeza,
De que o dia de sair de sena, não deixará de acontecer.