700 TEXTOS NO RECANTO
Por Carlos Sena
Por Carlos Sena
Hoje eu cheguei a marca dos setecentos textos publicados neste RECANTO DAS LETRAS. Pode ser que muitos não gostem deles, mas isto é bom porque toda unanimidade é burra. Mas há aqueles que me desconhecem como pessoa, mas já me reconhecem como escriDOR. É assim que me sinto nesse mundo de tão bons escritores que este "RECANTO" dispõe. Pela dor escrevo. Por ela me descrevo. Ser ela me dá relevo. Quando não falo dela e escrevo textos de humor é por ela que também faço, que também escrevo. Afinal, só existe verso porque ele se legitima no reverso, na frente, como costumamos dizer. Na verdade, ser escriDOR é um pouco da vida como ela é pelo princípio de que não gostaríamos que assim ela fosse. Algo como se eternizar na vida sabendo que tudo nela é passageiro. Algo como ser feliz com pouco pelas possibilidades de, não dispondo do muito, se garantir na "vírgula" da nossa existência, posto ser ela um "ai que mal soa"...
Hoje cheguei aos setecentos textos. Talvez textículos. Talvez tentáculos. Talvez nada. Talvez tudo pelas possibilidades existenciais que contém tudo e nada ao mesmo tempo adentrando nos princípios filosóficos atenuantes. Meus textos estão no mundo e me abandonaram, mas eu não me sinto por eles abandonado. Quando a gente se dispõe a se despir pelas letras, é de somenos importância cobrar delas o caminho percorrido. A vida se percorre em si e eu não iria me cobrar o que fiz das letras dando-lhes corpo e alma. Se elas não voltam pra mim é porque alguém ficou com elas e deve estar cuidando bem delas. No dia que elas voltarem, certamente eu nem sei o que faria com elas, pois eu nunca fico sozinho e órfão delas por muito tempo. Meu prazo é vinte e quatro horas. Muitas vezes menos, mas em todas as vezes me conduzo ao universo como se ele estivesse em minhas mãos sob o comando dos meus dedos. Credo. Cruzo os dedos como forma temente a Deus, pois eu sempre fiz dos meus textículos um pouco da sua dimensão no sentido de conseguir a paz entre os homens; no sentido de diminuir preconceitos nas relações.
Hoje cheguei aos setecentos textos. Talvez pretextos de vida longa na nota semibreve da canção do amor que na vida se esvai com o passar do tempo. Meu tempo não tem tempero, tem esmero no viver com dignidade junto dos que me amam e me gostam e me alimentam a alma. Há calma na minha alma indormida até que um dia o espetáculo da vida descerre sua cortina para novos shows continuarem. Há vida depois das estrelas e, certamente, quem ama sabe sabê-las e sê-las: em cada noite de lua, em cada poça d’água nas ruas, em cada mulher nua que os homens despem por puro preconceito. Assim, neste tear de letras na oficina dos meus lamuriais tormentos diários, me recomponho em mim por razões pouco óbvias, pois se engana quem entrega tudo a obviandade da vida. Ela, a vida, pode até ter sentido óbvio, mas prefiro o poeta filósofo quando nos alerta que "existem mais mistérios entre o céu e a terra do que nossa vã filosofia possa imaginar"... Fui.
Carlos Sena.
Hoje cheguei aos setecentos textos. Talvez textículos. Talvez tentáculos. Talvez nada. Talvez tudo pelas possibilidades existenciais que contém tudo e nada ao mesmo tempo adentrando nos princípios filosóficos atenuantes. Meus textos estão no mundo e me abandonaram, mas eu não me sinto por eles abandonado. Quando a gente se dispõe a se despir pelas letras, é de somenos importância cobrar delas o caminho percorrido. A vida se percorre em si e eu não iria me cobrar o que fiz das letras dando-lhes corpo e alma. Se elas não voltam pra mim é porque alguém ficou com elas e deve estar cuidando bem delas. No dia que elas voltarem, certamente eu nem sei o que faria com elas, pois eu nunca fico sozinho e órfão delas por muito tempo. Meu prazo é vinte e quatro horas. Muitas vezes menos, mas em todas as vezes me conduzo ao universo como se ele estivesse em minhas mãos sob o comando dos meus dedos. Credo. Cruzo os dedos como forma temente a Deus, pois eu sempre fiz dos meus textículos um pouco da sua dimensão no sentido de conseguir a paz entre os homens; no sentido de diminuir preconceitos nas relações.
Hoje cheguei aos setecentos textos. Talvez pretextos de vida longa na nota semibreve da canção do amor que na vida se esvai com o passar do tempo. Meu tempo não tem tempero, tem esmero no viver com dignidade junto dos que me amam e me gostam e me alimentam a alma. Há calma na minha alma indormida até que um dia o espetáculo da vida descerre sua cortina para novos shows continuarem. Há vida depois das estrelas e, certamente, quem ama sabe sabê-las e sê-las: em cada noite de lua, em cada poça d’água nas ruas, em cada mulher nua que os homens despem por puro preconceito. Assim, neste tear de letras na oficina dos meus lamuriais tormentos diários, me recomponho em mim por razões pouco óbvias, pois se engana quem entrega tudo a obviandade da vida. Ela, a vida, pode até ter sentido óbvio, mas prefiro o poeta filósofo quando nos alerta que "existem mais mistérios entre o céu e a terra do que nossa vã filosofia possa imaginar"... Fui.
Carlos Sena.