RUPTURA
Ficou confuso o coração. Entre o adeus e o perdão eu optei pela razão. E eu que um dia fui toda emoção! Velhos tempos em que só havia amor em mim! Escrevemos nossa história, com princípio, meio e fim. E aquele amor eterno ainda é terno em mim. E o doce de tua boca e o sal do meu batom, minha poesia sem tom, meu olhar sem brilho... Há algo novo e desconhecido pra ser vivido. Há o bom e o ruim. Há muito de você em mim. Há a vontade de chorar e a necessidade de um sorriso. E o motivo pra riso? Há coisas que não sei dizer. Talvez um vinho me ajude a te sorver. Mas eu já te bebi sobre um linho, hoje desalinho. Em teu peito me aninho. No teu carinho. Por que sou de ti, mesmo tendo que partir. E a gente? Como sempre plural! 'A gente' é dois eus. E o meu caminho não está de encontro ao teu. Caminhamos lado a lado. Num percurso feito antes de mãos dadas.