AO HIPÓCRITA O SUMO DA MALDADE.
Ao hipócrita o sumo da maldade,
Os desalentos em horrendos manifestos,
E os ritos que até parecem funestos,
Nos rodeios das insanas violências,
O moribundo vive a pedir clemência,
E o capitão se julga o adorno do chicote,
Atrocidades passam a ser refeitas em lotes,
Distribuída nos tonéis da ignorância,
E a mim só cabe a repugnância,
Destas almas desprovidas de bom senso,
E por isto a cada dia mais eu penso,
Como é triste o amanhecer de um tirano,
Que se julga um imponente soberano,
Mas não passa de uma borra escorraçada,
Lá no céu ele não passa da entrada,
Do inferno será sempre o adorno,
Nesta vida ele ofereceu suborno,
A quem sempre lhe proveu de alimentos,
Ressarcindo a este com excrementos,
Foi cavando sua larga sepultura,
E o fim desta nefasta criatura,
É o fervilhar de uma carniça fedorenta,
E o seu espírito há de vagar numa tormenta.