Perdidos na noite
Perdidos na noite.
Um olhar pela janela
É noite.
Um solitário com a caneca na mão.
Imagina-se que seja bom café preto.
Um cigarro na mão, na outra solidão.
Lembranças que chegam como açoite.
Olhar para longe espera de alguém
Cresce a noite naquele olhar soturno.
Um pássaro noturno pia no vaivém
Única companhia deste homem taciturno.
Entre dedos fumaça de imagens disformes,
Que recriam monstros de sua fantasia.
Quem olha imagina a melancolia enorme.
Longe um réquiem fundo de sua agonia.
Agora luzes se apagam lentamente
Somente um vagalume desorientado.
Fecho a janela com olhar clemente
A quem sofre ao lembrar o passado.
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No ato de observar, na maioria das vezes acabamos sendo obsevados e analisados com os mesmos olhos.
Toninho.
17/04/2012.