Sustento do peito
Olha-me amor, donde estiveres me observe, mostre-me que ainda vale a pena sustentar essa lacuna vasta que reside ao meu peito;
Mostre-me que devo acreditar nas confabulas diárias que me cercam como a dor circunda minha vida.
Não é difícil notar que vivo pelo passado, passado distante mais premente, na mente, no corpo e na alma.
Sinto que algo me falta, além de nada me completar, talvez eu tenha perdido todo o amor quando você partiu;
Talvez eu tenha me partido por dentro quando vi seus olhos fecharem.
As luzes que me mantinham se apagaram no mesmo momento que te foste.
Não, não te foste, te levaram de mim, levaram minha paz.
Já pensei em pedir-te emprestado a mesma, mas que idiotice a minha, pois ninguém no mundo quer o meu bem mais que você, contudo sei que não desististes de me ver sorrir com aquela veemência a qual agora estar adormecida, pela perda do peito e a dor da vida.
Talvez por isso eu ainda esteja em pé, porém, sem as certezas que um dia tive e cheio de talvez que não me levam a nada, pior que isso é saber que não me levam a você.
Irei sustentar-me, por saber que estais em um lugar melhor e por precisar proteger os que aqui estão.
Precisarei de ti, isso não é novidade, precisarei sentir essas lembranças constante em meu corpo e a essência do seu coração, pois nada mais é verdade.